Resumen:
A redemocratização da década 80 do século XX possibilitou que as universidades, em contato com a produção das ciências humanas e sociais, principalmente, da França, Inglaterra e Estados Unidos, sem a “vigilância epistemológica” do antigo regime, trilhassem trajetórias teóricas e metodológicas que possibilitaram diversas leituras e compreensões históricas, sociais, econômicas, politicas e culturais da sociedade brasileira, dizendo-nos das suas complexidades. Essas produções estiveram concentradas, até então, nos centros acadêmicos da região sudeste, São Paulo e Rio de Janeiro com novas interpretações do Brasil, do litoral em direção ao interior e que se por um lado foi e continua sendo importantes, por outro, significa a imposição de um “euro centrismo” que se traduz, por exemplo, nos currículos de história da educação básica a universidade. De forma concomitante, a essa hegemonia do sudeste, no Rio Grande do Sul, em Porto Alegre Vale do Rio dos Sinos e Passo Fundo, no campo da história e da arqueologia, as produções acadêmicas ganham espaços e o interior do continente sul americano, em especifico o Rio Grande do Sul, o Uruguai, a Argentina e Paraguai são desvelados em outras dinâmicas, em olhares para o sul “buscando o sul”.