Descripción:
"O objetivo neste estudo foi verificar e compreender como se dão as condições de trabalho dos estudantes-bolsistas na UFES. A discussão teórica problematiza as implicações da crise estrutural do capital no mundo da educação e do trabalho, bem como as imbricações entre suas categorias, suscitando uma reflexão acerca do embate entre as novas determinações do mundo do trabalho e as formas de organização do movimento estudantil. O método utilizado foi o estudo de caso, numa abordagem qualitativa, e como instrumento de pesquisa foram entrevistas semiestruturadas. Observou-se que os bolsistas, devido à dificuldade financeira e falta de experiência, se tornam ainda mais vulneráveis aos processos de precarização do trabalho, vivenciando situações que envolvem assédios moral e sexual, desgaste físico e emocional, sobrecarga de trabalho, falta de reconhecimento, baixa remuneração, falta de amparo, instabilidade, controle psicológico e exposição a agentes insalubres. Além desses aspectos, acerca da participação política dos estudantes, compreendeu-se que se vive hoje uma mudança no perfil da universidade e um refluxo da perspectiva crítica dos agentes que a compõem. O papel do movimento estudantil se concentra na tentativa de direcionar a universidade para a crítica aos fundamentos estruturais da sociedade e, assim, alcançar a transformação social."