The reflections presented here are part of an ongoing broader research on theconcept of whiteness in Brazil during the time of slavery. The article seeks to analyze the meanings and practices involved in the emergence of captives described as white sold in Brazil after the end of the Atlantic slave trade in 1850, attracting the attention of the press. Such cases lend themselves to research on the complex links between color, enslavement, and freedom. More broadly, the paper analyzes the racial aspects that defined the boundary between the enslaved and free population, placing the concept of whiteness at the center of racial analysis, an unusual approach among Brazilian historians.
As reflexões aqui presentes fazem parte de uma pesquisa mais ampla sobre os significados de ser branco no Brasil escravista. Neste artigo, o objetivo é analisar os sentidos e as práticas envolvidos no aparecimento de escravos brancos que, no contexto das consequências geradas pelo fim do tráfico atlântico, foram vendidos no mercado interno brasileiro e se tornaram conhecidos na imprensa durante a segunda metade do século XIX. São casos que se prestam à investigação acerca dos complexos vínculos estabelecidos entre cor, escravidão e liberdade. De forma mais específica, buscamos analisar os aspectos raciais da linha que estabelecia a separação entre escravos e livres, bem como situar o branco no centro da análise racial, procedimento ainda pouco usual entre historiadores brasileiros.