Descripción:
O presente artigo tem por objetivo demonstrar que uma elite econômica e política, do sul de Mato Grosso uno, almejava ascender ao poder político estadual. Analisando uma bibliografia referente ao tema, observou-se que, em finais do século XIX e nas primeiras décadas do século XX, aquela elite ocupava um papel coadjuvante no cenário político estadual, dominado pela elite política cuiabana. A partir da década de 1930, a elite sulista percebendo que seria difícil atingir o poder em Mato Grosso pela via eleitoral, constituiu um movimento divisionista. A principal justificativa para tanto, foi a de que a elite política nortista vivia as custas dos rendimentos do Sul. Enquanto o Estado Novo não permitiu a divisão territorial, a representatividade política entre Norte e Sul se equilibraram, e a partir da redemocratização, em 1945, o Sul supera o Norte na representatividade tanto no Legislativo quanto no Executivo. Nesse momento, a elite política sulista atingiu seu propósito de chegar ao poder, e a divisão não era mais necessária. Todavia, por interesses do governo militar, Mato Grosso foi dividido, criando-se Mato Grosso do Sul, aquela elite que outrora acusava os nortistas pelo atraso em que vivia o Sul, disputam entre si o poder no Estado nascente, mantendo as mesmas práticas.