Descripción:
Esta pesquisa, realizada no período de 2003 a 2007, tem como objeto de estudo as
representações sociais dos professores de 1ª a 4ª séries do Ensino Fundamental da
escola pública de Maceió sobre o Estado de Alagoas. O objetivo é compreender
como se constroem essas representações e qual sua relação com as práticas
pedagógicas dessas professoras. O estudo tem como referencial a Teoria das
Representações Sociais inaugurada por Serge Moscovici e a perspectiva
pedagógica de Paulo Freire e Giroux. Utiliza técnicas de coleta de dados
quantitativas e qualitativas (Teste de Associação Livre de palavras (TALP),
observação e entrevistas semi-estruturadas). A amostra do TALP é constituída de
90 sujeitos, dos quais 10 são entrevistados e identificados com nomes de pedras
preciosas ou semipreciosas em alusão à metáfora do processo de exploração de
minérios que utilizo para representar as etapas do processo de pesquisa. O campo
de pesquisa é uma escola de Ensino Fundamental da cidade de Maceió. Os
discursos dos professores acerca de Alagoas e de sua prática pedagógica são
interpretados conforme a análise de conteúdo de Laurence Bardin. Os dados
revelam que o Estado de Alagoas é representado pelas professoras como espaço
físico-geográfico privilegiado pelas belezas naturais, contudo de deplorável condição
humana. Identifica ainda que, na prática de ensino, Alagoas afirma-se pela
ausência. Em suma, o estudo revela que as representações dos professores sobre
Alagoas oscilam entre a depreciação e o ufanismo e que a prática pedagógica se
constitui numa ação na qual o lugar socio-histórico dos estudantes não é abordado
criticamente enquanto espaço de construção de identidades culturais