This article aims to explain a brief historical line of the relationship between the military and capoeiristas, from the first official account of its use in conflicts, in the Cisplatin war, until the period of the military dictatorship, which consolidates the translation of capoeira as “national sport ”. This relationship created spaces for negotiation, repression, convergence and also inaugurates the transnational process of capoeira. The relationship between capoeiristas and military institutions provides us with a key to historical construction that points out both the participation of black agents in the construction of spaces of autonomy and citizenship, as well as the institutional changes that were affected by the practice of capoeira.
O presente artigo visa explanar uma breve linha histórica da relação entre militares e capoeiristas, desde o primeiro relato oficial de sua utilização em conflitos, na guerra Cisplatina, até o período da Ditadura Militar, que consolida a tradução da capoeira como “a arte marcial brasileira”. Tal relação criou espaços de negociação, repressão, convergência e também inaugurou o processo transnacional da capoeira no século XX. A relação entre os capoeiristas e as instituições militares fornece uma chave de configuração histórica que aponta tanto para a participação dos agentes negros na construção de espaços de autonomia e cidadania, como para as mudanças institucionais que foram afetadas pela prática da capoeira.