Descripción:
"Nas últimas décadas assistimos à expansão significativa da afeição pelopatrimônio. Unesco e Iphan ampliam as políticas públicas para os patrimônios comobjetivo de atender ao vasto repertório de expressões culturais e à pluralidade dasidentidades sociais. O decreto que instituiu o registro dos bens culturais de naturezaimaterial tem provocado especial interesse dos antropólogos. Se as referências culturais são o que se considera cultura , elas sempre foram o objeto de registro mais caro dosfolcloristas e antropólogos. Contudo, uma diferença há e não é de objeto, mas simepistemológica. Importa refletir sobre a responsabilidade social dos antropólogosinventariantes, que ao participarem do processo de inventário e/ou registro de um bemcultural realizam laudos culturais sobre grupos específicos. Analogias com as práticas deantropólogos indigenistas são oportunas. Reflexões antropológicas de ordem teórica eética se impõem ante o novo desafio."