Descripción:
Os chamados “novos movimentos sociais”, que marcaram fortemente a segunda metade século XX, trouxeram transformações extremamente significativas, inteiramente inesperadas por quaisquer teorias. Assim, a sociologia foi obrigada a repensar seus conceitos, abandonando alguns e produzindo outros. O presente trabalho questiona se o tradicional paradigma das classes sociais e da luta de classes possibilita uma compreensão teórica e política adequada desses diversos movimentos agrupados sob a mesma denominação. Percorrendo, ainda que superficialmente, a variedade e transformações que a teoria das classes apresenta, conclui-se que ela não é indicada para tal análise, na medida em que escamoteia a especificidade desses movimentos e acaba mesmo por se chocar com diversas de suas reivindicações políticas. Por fim, sugere-se uma nova perspectiva sociológica, que, ao invés de impor seus referenciais teóricos totalizantes aos movimentos sociais, toma a perspectiva particular destes como novo lugar de enunciação e interpretação.