The notion of spectacle in Guy Debord's work is both widely used and little known at the same time. Not infrequently the spectacle is spectacular. Not less often is the show used as a mere synonym of the mass media. This text tries to address some assumptions that constitute the notion of spectacle, as well as its necessary relation with Marx, Hegel and Luckács (among others not always less important). Unlike the spectacle, the concepts of spatial alienation and tendential fall in use value, present and inherent in the Debordian work, are not so widespread and used. These concepts are approached in this text seeking to broaden their understanding as well as their strong possibilities of relation and use in the researches and studies in Human Geography.
A noção de espetáculo na obra de Guy Debord é, simultaneamente, largamente usada e pouco conhecida. Não raras as vezes o espetáculo espetaculariza-se. Não menos frequente usa-se o espetáculo como mero sinônimo dos meios de comunicação em massa. Este texto procura abordar alguns pressupostos constitutivos da noção de espetáculo, bem como sua relação necessária com Marx, Hegel e Luckács (dentre outros nem sempre menos importantes). Diferentemente do espetáculo, os conceitos de alienação espacial e de queda tendencial do valor de uso, presentes e imanentes à obra debordiana, não são tão disseminados e utilizados. Tais conceitos são abordados neste texto buscando ampliar sua compreensão bem como suas fortes possibilidades de relação e utilização nas pesquisas e estudos em Geografia Humana.