Partimos de constatar que a fines de la década de 1950 el significante “comunidad” no era utilizado para designar entramados políticos indígenas. Pero cuarenta años después sí, y profusamente. Debido a ello, nos enfocamos en caracterizar y situar el surgimiento de la “comunidad indígena” en tanto sujeto político en el marco de las relaciones interétnicas en el noroeste del Chubut. Proponemos que la “comunidad indígena” se configura como el significante de una articulación entre entramados locales suprafamiliares y transformaciones políticas, económicas, demográficas y legales acontecidas a partir de la década de 1960 y cristalizadas durante la restauración democrática en la década de 1980. Apelamos a la historia y la etnohistoria, la etnografía y la revisión documental y hemerográfica para apoyar nuestras hipótesis. At the end of the 1950s the signifier “community” was not used to designate indigenous political frameworks; however, forty years later it was widely used. This paper focuses on characterizing and situating the emergence of the “indigenous community” as a political subject within the framework of inter-ethnic relations in the northwest of Chubut. We suggest that the “indigenous community” is configured as the signifier of an articulation between local supra-family frameworks and political, economic, demographic and legal transformations that took place since the 1960s and crystallized during the democratic restoration in the 1980s. We appeal to history and ethnohistory, ethnography, and document and newspaper review to support our hypotheses. Começamos verificando que, no final da década de 1950, o significante “comunidade” não era uma forma de designar marcos políticos indígenas. Mas, quarenta anos depois, foi amplamente utilizado. Por isso, nos concentramos em caracterizar e situar a emergência da “comunidade indígena” como sujeito político no quadro das relações interétnicas no noroeste de Chubut, Argentina. Nos propomos que a “comunidade indígena” se configura como o significante de uma articulação entre os quadros suprafamiliares locais e as transformações políticas, econômicas, demográficas e jurídicas ocorridas a partir da década de 1960 e cristalizadas durante a restauração democrática da década de 1980. Apelamos à história e à etnohistória, assim como a etnografia e crítica documental e de jornal para apoiar nossas hipóteses.