In this paper I analyze how EPSs financial innerworkings and the massive use of tutela have transformed the national health care crisis into a protracted and ordinary event in neoliberal Colombia. To do so, I build on ethnographic research conducted during 2011-2012 with low-income cancer patients, physicians and EPS’s representatives in the city of Cali. I argue that “anti-crisis” mechanisms such as tutela have paradoxically created the financial and ethical conditions that allow EPSs to systematically delay the provision of “high-cost’” treatments.
Dans cet article, j’analyse la manière dont les rouages financiers des assurances-maladies et l’utilisation massive de brefs tels que la tutelle, ont transformé la crise nationale des soins de santé en un événement prolongé et ordinaire dans la Colombie néolibérale. Pour ce faire, je m’appuie sur des recherches ethnographiques menées en 2011-2012 auprès de patients atteints de cancer à faible revenu, de médecins et de représentants des assurances-maladies de la ville de Cali. Je soutiens que les mécanismes « anti-crise » tels que la tutelle ont paradoxalement créé les conditions financières et éthiques qui permettent aux entreprises d’assurance maladie de retarder systématiquement la fourniture de traitements « onéreux ».
Em este artigo analiso como o trâmite financeiro interno das seguradoras de saúde e o uso massivo de ordens judiciais como a tutela, têm mudado a crise nacional da saúde em um sucesso lento e tardio na Colômbia neoliberal. Para fazê-lo, me baseio em uma pesquisa etnográfica realizada entre 2011 e 2012 com baixa-renda em pacientes com câncer, físicos, e representantes de seguros de vida na cidade de Cali. Eu discuto que mecanismos de “anticrese” como a tutela têm paradoxalmente criado as condições financeiras e éticas que permitem o negócio de seguros de saúde para, sistematicamente, atrasar o fornecimento de tratamentos de “alto costo”.