To approach the comprehension of gender roles in a group of transgender and cisgender adolescents at ages ranging from 11 to 18 years old, residents of the city of Medellín, and understanding that in conservative societies such as the Colombian society, through the socializing process, strict models of adaptation and desirability of being a woman or a man are still maintained, where social roles assigned to sexes follow a binary logic within which trans identity expressions depict the contradiction of the social expectations regarding the triad sex/gender/politics, eight semi-structured interviews were developed. Such interviews, carried out from a narrativity perspective, were coconstructed raising unique and particular notions of the participants and understanding some of the elements in which these views converged, intersect and share their corresponding reflections. It was found that both trans and cis adolescents strongly question some of these established rules, evidencing the disadvantages and privileges that are bestowed on some or the others. With regards to the aforementioned, the exclusion of the participation of women in politics and the housework practice frequently appointed to them were explicitly stated in the accounts as paradigmatic of these asymmetrical gender norms. The genitality and human reproduction as a functionalist logic, which overloads the gender identity in the biological condition, are cast on serious doubts by trans participants, who attribute paramount importance to their own identifications, affective, emotional, and social needs in the construction of the gender identity. All of these participations are coinciding in the sense that they lay bare significant changes in the way that certain social roles derived from gender are constructed and demanded, approving then their transformation in favor of a less sexist look in the acknowledgement and endangerment of gender roles that are expected and possible for all people.Para aproximarse a la comprensión de los roles de género en un grupo de adolescentes transgénero y cisgénero de 11 a 18 años de edad en la ciudad de Medellín, entendiendo que, a través del proceso socializante, se mantienen modelos estrictos de adecuación y deseabilidad del ser mujer u hombre, donde las expresiones identitarias trans, representan la contradicción de las expectativas sociales respecto a la triada sexo/género/política, fueron desarrolladas ocho entrevistas semiestructuradas. Dichas entrevistas, conducidas desde una perspectiva de narratividad, fueron co-construidas recabando en nociones únicas y particulares de las y los participantes, pero también comprendiendo algunos elementos en las que aquellos confluyen, se intersectan y comparten las reflexiones. Se encontró que tanto las y los adolescentes trans cuanto los cis cuestionan fuertemente algunas de esas reglas establecidas, poniendo en evidencia las desventajas y privilegios otorgadas a unas y a otros. La genitalidad y reproducción humana como lógica funcionalista que sobrecarga en la condición biológica la identidad de género, son puestos en entredicho por las y los participantes trans, quiénes dan mayor importancia a sus propias identificaciones, necesidades afectivas, emocionales y sociales en la construcción de la identidad de género. Todas las participaciones son coincidentes en poner de manifiesto cambios importantes en la manera en que son construidos y exigidos unos papeles sociales derivados del género, visando su transformación en favor de una mirada menos sexista en el reconocimiento y puesta en juego de los roles de género esperados y posibles para todas las personas.Para abordar a compreensão dos papéis de gênero em um grupo de adolescentes transgêneros e cisgêneros com idade entre 11 e 18 anos, residentes na cidade de Medellín, entende-se que em sociedades ainda tradicionalistas como a Colômbia, modelos estritos de adequação e desejabilidade de ser mulher ou homem são mantidos por meio do processo de socialização, onde os papéis sociais atribuídos aos sexos correspondem a uma lógica binária dentro da qual as expressões da identidade trans representam a contradição das expectativas sociais em relação à tríade sexo / gênero / política. Foram desenvolvidas oito entrevistas semiestruturadas, realizadas a partir de uma perspectiva narrativa, elas foram co-construídas, tentando alcançar as noções únicas e particulares dos participantes, mas também compreendendo alguns elementos para os quais essas reflexões são compartilhadas, se cruzam e convergem. Verificou-se que tanto os adolescentes trans quanto os cis questionam fortemente algumas dessas regras estabelecidas, destacando as desvantagens para uns e os privilégios concedidos e outros. Nesse sentido, a exclusão da participação das mulheres na política e no exercício doméstico frequentemente delegado a elas foi explicitada nas narrativas como paradigmática dessas normas assimétricas de gênero. A genitalidade e a reprodução humana como lógica funcionalista que sobrecarrega a identidade de gênero na condição biológica, são questionadas pelos participantes trans, que dão maior importância às próprias identificações, necesidades afetivas, emocionais e sociais na construção da identidade de gênero. Todas as participações coincidem em evidenciar mudanças importantes na forma como os papéis sociais derivados de gênero são construídos e exigidos, visando sua transformação em prol de um olhar menos sexista no reconhecimento e na concretização dos papéis de gênero esperados e possíveis para todas as pessoas.