El objetivo fue desarrollar un análisis sobre las asimetrías y brechas existentes en el uso del tiempo entre hombres y mujeres, tanto en su relación de pareja como en el ejercicio de la maternidad y la paternidad, lo cual supone revisar, por un lado, la realización de tareas cotidianas vinculadas al trabajo doméstico no remunerado, el cuido y la crianza de personas menores de edad y, por otro lado, el tiempo libre dedicado a las actividades recreativas, deportivas y de cuidado personal. El marco teórico retoma los aportes de la sociología y de la economía política sexual, donde se problematiza el amor romántico, la maternidad idílica y la maternidad como castigo, en contraposición con vertientes contemporáneas que reflexionan sobre la vivencia de maternidades placenteras. En términos metodológicos corresponde a una investigación bibliográfica, donde se utiliza información recolectada por la Encuesta Nacional de Uso del Tiempo (ENUT) 2017 y otros estudios desarrollados en el ámbito nacional. Se comprueba que dentro de las relaciones de pareja persiste un contrato social y sexual, que coloca a las mujeres en una situación de desventaja respecto al uso del recurso más valioso: el tiempo. Ya que se evidencian claras asimetrías entre ambos sexos en las jornadas de trabajo no remunerado, el cuidado y la crianza. Esto se sustenta en la idea romántica del amor, que funciona para la extracción del tiempo y energía vital de las mujeres, comprobándose que existe una maternidad vigilada pero poco acompañada; finalmente, se brindan algunas reflexiones sobre el ejercicio de maternidades placenteras y, por tanto, de paternidades responsables.The objective was to develop an analysis of the existing asymmetries and gaps in the use of time between men and women, both in their relationship as a couple and in the exercise of motherhood and fatherhood, which means reviewing, on the one hand, the of daily tasks linked to unpaid domestic work, the care and upbringing of minors and, on the other hand, the free time dedicated to recreational, sports and personal care activities. The theoretical framework takes up the contributions of sociology and sexual political economy, where romantic love, idyllic motherhood and motherhood as punishment are problematized, in contrast to contemporary trends that reflect on the experience of pleasant motherhood. In methodological terms, it corresponds to a bibliographical research, where information collected by the National Survey of Time Use (abbreviated as ENUT from its original Spanish name, Encuesta Nacional de Uso del Tiempo) 2017 and other studies developed at the national level were used. It is verified that a social and sexual contract persists within couple relationships, which places women in a disadvantaged situation regarding the use of the most valuable resource: time. Since there are clear asymmetries between both sexes regarding days of unpaid work, care and upbringing. This is based on the romantic idea of love, which works to extract time and vital energy from women, proving that there is a supervised but little accompanied maternity; finally, some reflections are offered on the exercise of pleasant motherhood and, therefore, of responsible parenthood.O objetivo foi desenvolver uma análise das assimetrias e lacunas existentes no uso do tempo entre homens e mulheres, tanto na relação de casal como no exercício da maternidade e da paternidade, o que significa rever, por um lado, a realização de tarefas do dia a dia ligadas ao trabalho doméstico não remunerado, cuidados e educação de menores e, por outro lado, o tempo livre dedicado às atividades recreativas, esportivas e de cuidados pessoais. O referencial teórico retoma as contribuições da sociologia e da economia política sexual, onde se problematizam o amor romântico, a maternidade idílica e a maternidade como punição, em contraponto às tendências contemporâneas que refletem sobre a experiência da maternidade prazerosa. Emtermos metodológicos, corresponde a uma pesquisa bibliográfica, onde são utilizadas informações recolhidas pelo Inquérito Nacional de Utilização do Tempo (ENUT) 2017 e outros estudos desenvolvidos a nível nacional. Verifica-se que persiste um contrato social e sexual nas relações conjugais, que coloca a mulher em situação de desvantagem quanto ao uso do recurso mais valioso: o tempo. Uma vez que existem claras assimetrias entre ambos os sexos nos diasde trabalho não remunerado, cuidado e criação. Isso se baseia na ideia romântica do amor, que trabalha para extrair tempo e energia vital das mulheres, provando que existe uma maternidade supervisionada, mas pouco acompanhada; por fim, são oferecidas algumas reflexões sobre o exercício da maternidade prazerosa e, portanto, da paternidade responsável.