The Qom are a group centered on the urban fringes of the municipality of Santa Fe, Argentina. Two communities are located in this area, the Qom Las Lomas community and the Qomlashi Lma Nam Qom community (also known as Santo Domingo). The women of both communities perform various tasks of basketry with a natural fiber called palm. Some of them are grouped under the form of a cultural work cooperative, which bears the name of Qom Alphi. These indigenous artisans have been developing different productive and reproductive tasks that can be thought of from categories such as spatial practices. These practices materially and symbolically configure the territories they inhabit. In turn, these territories can be integrated into a broader structure that makes it possible to understand the spatial circuits of palm production. Under this analytical scheme, the present work gives an account of the spatial production practices of the group of women that make up the cooperative, with main emphasis on what could be considered the beginning of the circuit: search, selection and preparation of the material for weaving. In this instance we recognize the coexistence of productive and reproductive times, which are difficult to dissociate. To do this, following the geographies of everyday life, it focuses on two spacial dimensions: displacements and practices anchored in the place. However, the analysis does not end there, since it makes them dialogue with other visions on spatial practices such as those of Lopes de Souza (2013). This work aims to account for the spatiality of the practices associated with the supply and preparation of the material, for which it uses methodologically the ethnographic record made during work days accompanying the women in their tasks, as well as the use of semi-structured interviews.Los qom son un agrupamiento étnico/cultural nucleado en los bordes urbanos del municipio de Santa Fe, Argentina. En dicha área se radican dos comunidades: la comunidad Qom Las Lomas y la comunidad Qomlashi Lma Nam Qom (también conocida como Santo Domingo). Las mujeres de ambas comunidades realizan diversas tareas de cestería con una fibra natural denominada palma. Algunas de ellas se encuentran nucleadas bajo la forma de una cooperativa cultural de trabajo, la misma lleva el nombre de Qom Alphi. Estas artesanas indígenas vienen desarrollando diferentes tareas de tipo productivas y reproductivas que pueden pensarse desde categorías como la de prácticas espaciales. Dichas prácticas configuran material y simbólicamente los territorios que habitan. A su vez, estos territorios pueden integrarse en una estructura más amplia que permita entender los circuitos espaciales de producción con palma. Bajo este esquema analítico, el presente trabajo da cuenta de las prácticas espaciales de producción del grupo de mujeres que integra la cooperativa, haciendo principal hincapié en lo que podría considerarse el inicio del circuito: búsqueda, selección y preparación del material para tejer. En dicha instancia reconocemos la coexistencia de tiempos productivos y reproductivos, que son difícilmente disociables. Para ello se centra, siguiendo las geografías de la vida cotidiana, en dos dimensiones espaciales: los desplazamientos y las prácticas ancladas en el lugar. No obstante, no agota allí el análisis, ya que hace dialogar las mismas con otras visiones sobre las prácticas espaciales como son las de Lopes de Souza (2013). Este trabajo pretende dar cuenta de la espacialidad de las prácticas asociadas al abastecimiento y preparación del material, para lo cual se sirve metodológicamente del registro etnográfico realizado durante jornadas de trabajo acompañando a las mujeres en sus tareas, así como del uso de entrevistas semi-estructuradas.Os Qom são um grupo localizado na periferia urbana do município de Santa Fé, Argentina. Nesta área estão localizadas duas comunidades: a comunidade Qom Las Lomas e a comunidade Qomlashi Lma Nam Qom (também conhecida como Santo Domingo). As mulheres de ambas comunidades realizam diversas tarefas de cestaria com uma fibra natural chamada palma. Algumas delas estão agrupadas sob a forma de uma cooperativa de trabalho cultural, que leva o nome de Qom Alphi. Essas artesãs indígenas vêm desenvolvendo diferentes tarefas produtivas e reprodutivas que podem ser pensadas a partir de categorias como a de práticas espaciais. Essas práticas configuram material e simbolicamente os territórios que habitam. Por sua vez, esses territórios podem ser integrados em uma estrutura mais ampla que possibilite compreender os circuitos espaciais da produção de palma. Sob esse esquema analítico, o presente trabalho dá conta das práticas de produção espacial do grupo de mulheres que compõem a cooperativa, com ênfase principal no que poderia ser considerado o início do circuito: busca, seleção e preparação do material para tecelagem. Neste caso, reconhecemos a coexistência de tempos produtivos e tempos reprodutivos, dificilmente dissociáveis. Para isso, seguindo as geografias do cotidiano, a pesquisa tem como foco duas dimensões espaciais: deslocamentos e práticas ancoradas no lugar. No entanto, a análise não termina aí, pois estabelece um diálogo entre estas e outras visões sobre as práticas espaciais, como as propostas por Lopes de Souza (2013). Este trabalho visa dar conta da espacialidade das práticas associadas ao fornecimento e elaboração do material, para o qual utiliza metodologicamente o registro etnográfico realizado durante as jornadas de trabalho acompanhando as mulheres em suas tarefas, bem como o uso de entrevistas semi-estruturadas.