This paper analyzes the processes of justification, which constituted the National Program of Historical Compensation for retirees presented in Argentina, in order to unravel the problem of the lack of adjustment in pensions between 2002 and 2006. Based on Boltanski and Thévenot’s theory of justification, we reconstruct the visions of the government and the opposition. The government presented the initiative as a commitment between the industrial and the civic worlds, while the opposition condemns it as a mere arrangement. As a result, the paper shows how Argentinean politics, in more than a decade, could not arrive at a consensual solution to the problem.Este artículo analiza los procesos de justificación que constituyeron el Programa Nacional de Reparación Histórica para Jubilados y Pensionados presentado en la Argentina para resolver el problema de la falta de reajuste en las jubilaciones y pensiones ocurrido entre 2002 y 2006. Sobre la base de la teoría de la justificación de Boltanski y Thévenot, se busca contraponer la visión del gobierno, que presentó la iniciativa como un compromiso entre el mundo industrial y el mundo cívico, y la de la oposición, que denunció al compromiso como un mero acuerdo. Por lo tanto, se muestra cómo la política argentina, en más de una década, no fue capaz de llegar a una solución compartida de cómo resolver el problema.    Este artigo analisa os processos de justificação que constituíram o Programa Nacional de Reparação Histórica de Aposentados e Pensionistas apresentado na Argentina para solucionar o problema da falta de reajuste nas aposentadorias e pensões ocorrido entre 2002 e 2006. Com base na teoria de Boltanski e Thévenot busca a justificação opor-se à visão do governo, que apresentou a iniciativa como um compromisso entre o mundo industrial e o mundo cívico, e a da oposição, que denunciou o compromisso como um mero acordo. Assim, mostra como a política argentina, em mais de uma década, não conseguiu chegar a uma solução compartilhada de como resolver o problema.