In this article we discuss some specific forms of participation and agency of children of indigenous communities who live in the context of what has been called a “low intensity war” that has taken place in the Mexican southeast during the last 20 years. We begin with a reflection on the terms of citizenship and participation, and on the importance of recognizing the complexity of the situations these girls and boys are experiencing. We also emphasize the relevance of taking into account -more than the age differences- their ethnic belonging and the asymmetrical power relationships linked to the issues of identity and resistance within their own cultural context. Finally, we present some examples and testimonies about the participation of girls and boys in three contexts: the family, the school and the community, and we end with an analysis of the political participation of girls and boys in the Zapatista Resistance Movement.En este artículo se dan a conocer algunas de las formas específicas de participación y agencia de niñas y niños de comunidades indígenas zapatistas que viven bajo el contexto de contrainsurgencia que se ha estado desarrollando en el sureste mexicano durante los últimos 20 años.  Iniciamos con una reflexión acerca de los términos de ciudadanía y participación en cuanto a la pertinencia para abordar el tema que nos ocupa, para plantear posteriormente la importancia de reconocer la complejidad de las situaciones que están viviendo estas niñas y niños, así como la relevancia de tomar en cuenta –más que las diferencias etarias- la pertenencia étnica y las relaciones asimétricas de poder vinculadas con los temas de identidad y resistencia dentro de su propio contexto cultural. Exponemos finalmente algunos ejemplos y testimonios sobre la participación de niñas y niños en tres contextos: el de la familia, el de la escuela y el de la comunidad, para finalizar con un análisis de la participación política de las niñas y los niños en la resistencia zapatista.Neste artigo são apresentadas algumas das formas específicas de participação e agência de crianças de comunidades indígenas zapatistas que vivem no contexto da chamada “guerra de baixa intensidade” que se tem desenvolvido no sudeste mexicano durante os últimos 20 anos. Começar-se-á com uma reflexão sobre os termos de cidadania e participação em relação com o tema deste estudo, para posteriormente se estabelecer a importância de reconhecer a complexidade das situações que essas crianças enfrentam, bem como a relevância de levar em conta – mais dos que as diferenças etárias - a pertença étnica e as relações de poder assimétricas vinculadas às questões de identidade e resistência dentro do seu próprio contexto cultural. Finalmente, expor-se-ao alguns exemplos e testemunhos sobre a participação de crianças em três contextos (o da família, o da escola e o da comunidade), terminando-se com uma análise da participação política das mesmas na resistência zapatista.