Menstruation is a biological and involuntary process experienced by cis women, trans men, non-binary people and some people of certain intersexuality spectrums for approximately forty years. It is also constituted as a social-historical phenomenon susceptible to cultural elements that influence the way in which social representations about it are constructed. These representations are not alien to the impact of androcentric marks and the cisheteropatriarchal order that has permeated from everyday life to the production of scientific knowledge. This has led to the prevalence of negative representations of menstrual blood linked to hygiene crises, negative effects, emotional changes, stigmatization, concealment, taboo, among others. However, in recent decades, other epistemologies have allowed the emergence and visibility of narratives and languages that have facilitated not only the development of more positive and critical representations, but also the understanding of menstruation as a phenomenon that is not only experienced by women. For this reason, this article aims to make a brief review of the androcentric marks found in some scientific disciplines and in society itself. It also seeks to highlight the new perspectives as forms of epistemic resistance and the tools, such as feminist epistemologies, that can mark a path in the re-appropriation of menstruation by those who live it.La menstruación es un proceso biológico e involuntario vivenciado por mujeres cis, varones trans, personas no binarias y algunas personas de determinados espectros de la intersexualidad por aproximadamente cuarenta años. Se constituye también como un fenómeno histórico-social susceptible a elementos culturales que influyen en la forma en que se construyen las representaciones sociales que se elaboran sobre ella. Dichas representaciones no son ajenas al impacto de las marcas androcéntricas y el orden cisheteropatriarcal que ha permeado desde la cotidianidad hasta la producción de conocimiento científico. Lo anterior conlleva a que hayan prevalecido representaciones negativas de la sangre menstrual vinculadas a crisis de higiene, efectos negativos, cambios emocionales, estigmatización, ocultamiento, tabú, entre otros. No obstante, en las últimas décadas, epistemologías otras han permitido el surgimiento y la visibilización de narrativas y lenguajes que han facilitado no solo la elaboración de representaciones más positivas y críticas, sino también la comprensión de la menstruación como un fenómeno que no solo es vivido por las mujeres. Por tal motivo, en el presente artículo se pretende realizar una breve revisión de las marcas androcéntricas encontradas en algunas disciplinas científicas y en la sociedad en sí misma. Asimismo, busca resaltar las nuevas perspectivas como formas de resistencia epistémica y las herramientas, como las epistemologías feministas, que pueden marcar un camino en la re-apropiación de la menstruación por parte de quienes la viven.A menstruação é um processo biológico e involuntário experimentado por mulheres cis, homens trans, pessoas não binárias e algumas pessoas de certos espectros de intersexualidade por aproximadamente quarenta anos. É também um fenômeno histórico-social que é suscetível a elementos culturais que influenciam a forma como as representações sociais são construídas. Estas representações não são imunes ao impacto das marcas androcêntricas e da ordem cisheteropatriarcal que tem permeado desde a vida cotidiana até a produção do conhecimento científico. Isto levou à prevalência de representações negativas do sangue menstrual ligadas a crises de higiene, efeitos negativos, mudanças emocionais, estigmatização, dissimulação e tabu, entre outros. Entretanto, nas últimas décadas, outras epistemologias permitiram o surgimento e a visibilidade de narrativas e linguagens que facilitaram não apenas o desenvolvimento de representações mais positivas e críticas, mas também a compreensão da menstruação como um fenômeno que não é experimentado apenas pelas mulheres. Por esta razão, este artigo tem por objetivo fornecer uma breve revisão das marcas androcêntricas encontradas em algumas disciplinas científicas e na própria sociedade. Ela também procura destacar novas perspectivas como formas de resistência epistêmica e as ferramentas, como as epistemologias feministas, que podem liderar o caminho na reapropriação da menstruação por aqueles que a experimentam.