The political history of Colombia, at least in recent years, has been faced with its own reinterpretation, specifically in the face of the armed conflict. The foregoing has to do with the establishment of a new model of restorative justice established by the Final Peace Agreement between the extinct guerrilla of the FARC-EP and the Colombian State that revolves around the clarification of the truth. This article aims to investigate, based on the transitional story, what has been the influence of the big capital and large estates in the conflict, and how it has impacted the reconfiguration of classes in Colombia. To do this, some background of the class contradictions that gave rise to the armed conflict are presented. Then, it is briefly explained how transitional justice works in Colombia, specifically the function of the Jurisdiction for Peace (JEP) as a judicial apparatus. Thirdly, to propose an analysis of the discourse of the civil third-party financiers of the conflict appearing before the JEP. Finally, a characterization of the class is proposed having as conclusions, among others, that the big capital and landowner ownership, contrary to what is believed, could be consolidated thanks to the appropriation by violent dispossession by the business and livestock sector financing armies against the peasantry and the weakest productive sectors.La historia política de Colombia, al menos en los últimos años, se ha visto enfrentada a una reinterpretación propia, específicamente frente al conflicto armado. Lo anterior, tiene que ver con la instauración de un nuevo modelo de justicia restaurativa establecida por el Acuerdo Final de Paz entre la extinta guerrilla de las FARC-EP y el Estado colombiano, que gira en torno al esclarecimiento de la verdad. Este artículo tiene como objetivo indagar a partir del relato transicional cuál ha sido la influencia del gran capital y del latifundio en el conflicto, y como él mismo ha impactado en la reconfiguración de clases en Colombia. Para ello, se plantean algunos antecedentes de las contradicciones de clases que dieron origen al conflicto armado. Luego, se explica, brevemente, cómo funciona la justicia transicional en Colombia, específicamente la función de la Jurisdicción para la Paz (JEP) como aparato judicial. En tercer lugar, plantear un análisis del discurso de los terceros civiles financiadores del conflicto comparecientes ante la JEP. Finalmente, se plantea una caracterización de la clase teniendo como conclusiones, entre otras, que el gran capital y la tenencia latifundista, contrario a lo que se cree, pudo consolidarse gracias a la apropiación por despojo violento por parte del sector empresarial y ganadero financiando ejércitos privados en contra del campesinado y los sectores productivos más débiles.A história política da Colômbia, pelo menos nos últimos anos, tem sido confrontada com sua própria reinterpretação, especificamente em relação ao conflito armado. Isto tem a ver com o estabelecimento de um novo modelo de justiça restaurativa estabelecido pelo Acordo de Paz Final entre a guerrilha das FARC-EP e o Estado colombiano, que gira em torno do esclarecimento da verdade. O objetivo deste artigo é investigar, com base na narrativa de transição, a influência do grande capital e do latifúndio sobre o conflito, e como isto impactou na reconfiguração das classes na Colômbia. Para este fim, são fornecidas algumas informações sobre as contradições de classe que deram origem ao conflito armado. Em seguida, explica brevemente como funciona a justiça transicional na Colômbia, especificamente a função da Jurisdição para a Paz (JEP) como um aparelho judicial. Em terceiro lugar, é apresentada uma análise do discurso dos financiadores civis terceiros do conflito que aparece antes do SJP. Finalmente, apresenta-se uma caracterização da classe, com a conclusão, entre outras, de que o grande capital e a posse latifundista, ao contrário do que se acredita, foi capaz de se consolidar graças à apropriação pela despossessão violenta do setor empresarial e pecuário, financiando exércitos privados contra os camponeses e os setores produtivos mais fracos.