Este trabalho analisa as implicações de se definir a família
como foco numa política pública de saúde, neste caso, o
Programa de Saúde da Família (PSF). O programa teve início
em 1994 num contexto de valorização da família
internacionalmente. O estudo foi realizado no município do
Cabo de Santo Agostinho, Pernambuco, Brasil. Foram
realizados grupos de discussões, observação participante e
entrevistas com profissionais de 10 unidades de saúde e de
outros serviços relacionados com o PSF. Nos dados
pesquisados identificamos o cadastro das famílias, por casa,
como algo que dificulta o trabalho das equipes, haja vista a
intensa dinâmica familiar. No PSF, o atendimento às famílias é
organizado de acordo com as gerações; isto é, infância,
adolescentes, adultos e idosos. Essa divisão está relacionada
com os problemas de saúde mais comuns em cada faixa etária
e com as prioridades do programa. A formação acadêmica dos
profissionais, voltada para o enfoque biomédico, limita a
percepção da família de forma integral e dificulta a interação
com a comunidade. Esses resultados permitem afirmar a
necessidade de uma visão mais humana e social na formação
dos profissionais do programa
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