Descripción:
Historicamente, desde a chegada dos Portugueses, os povos indígenas no Brasil
vivenciaram processos de exclusão e exploração, dando origem à luta pela permanência em seus
territórios tradicionais e pelo direito de seu uso. Na tentativa de garantir esses direitos, foram
construídas diversas estratégias de sobrevivência e permanência como forma de superar pressões
sociais e ambientais e a disputa pela hegemonia da posse e utilização dos recursos existentes nos
território, praticadas pela população não-indígena.
Este estudo foca a relação dos indígenas Fulni-ô com o seu meio ambiente no que diz
respeito às estratégias de superação às adversidades sociais e ambientais enfrentadas,
aproveitando para sugerir, a partir dos resultados, uma reflexão sobre as condições de adaptação
deste povo a essas situações. A investigação foi centrada nas implicações sociais, culturais e
ambientais das atividades econômicas decorrentes da construção dessas estratégias.
Os resultados demonstram uma multiplicidade de estratégias econômicas e sócioambientais
utilizadas para garantir a sobrevivência física e cultural deste povo indígena e indicam
quais dessas estratégias podem ser mais bem potencializadas para garantir a sustentabilidade
sócio-ambiental dos Fulni-ô e quais merecem ter um direcionamento diferente por gerarem risco
a essa sustentabilidade