Descripción:
Este artigo busca compreender de que modo o sujeito negro esteve alocado na produção canônica da teoria social moderna a partir das obras de Frantz Fanon e de Guerreiro Ramos. Tendo como método a análise de conteúdo, chegamos à conclusão de que ambos os autores se aproximam ao considerar que esta produção canônica concebeu uma narrativa equivocada acerca da subjetividade e da realidade social do negro ao situá-lo como ser estático e inferior. Assim, com base nos conceitos “zona de não ser”, de Fanon, e “negro-tema”, de Ramos, desenvolvemos nossa reflexão em torno do argumento de que a racialização do sujeito negro impossibilitou o conhecimento pleno de sua experiência social pela produção teórica.