O objetivo principal do paper foi criar conexões de sentido entre a ciência e políticas de segurança pública, tendo como lócus de estudo as políticas estaduais de prevenção à criminalidade, implantadas em Uberlândia, no interior de Minas Gerais. Nesse contexto, como objetivo específico a pesquisa estudou a relação da história do controle do crime da cidade com o impacto dessas políticas estaduais de segurança. Como desdobramento analítico o trabalho fez uma revisão teórica problematizando vínculos das teorias sociais e dos programas intervencionistas internacionais, nacionais e estaduais na dinâmica municipal de Uberlândia. Os resultados demonstraram que houve em algumas periferias uma primazia do eixo da repressão qualificada sobre o da proteção social, com a expansão do policiamento especializado sem a inclusão compatível dos funcionários dos programas preventivos. Todavia, as ações sociais desses funcionários, em muitos contextos microssociais favoreceram a extensão dos serviços públicos para a população dessas localidades. Por fim, com a deflagração de megaoperações, a partir de 2015, várias ações criminais de empresários, políticos e agentes da segurança pública foram identificadas, demonstrando um acréscimo nos alvos da administração da criminalidade no município.