O artigo se propõe a discutir as relações de classe entre os professores, tendo em vista o debate acerca da inserção de classe dos trabalhadores não manuais e os estudos sobre o trabalho docente, especialmente aqueles que argumentam acerca de um processo de proletarização da categoria. Para tanto, analisaremos alguns dados do questionário que aplicamos a 607 professores das escolas públicas da rede básica de Guarulhos-SP. Este instrumento teve como objetivo avançar na análise das determinações econômicas, políticas e ideológicas de classe na categoria. Para dialogar com a literatura e discutir a inserção de classe dos docentes, problematizaremos os dados sobre a mobilidade social a partir da carreira, as condições laborais, a percepção da autonomia e controle no processo de trabalho, as manifestações da ideologia meritocrática, e a ação político-sindical.