The objective of this article is to investigate the stories "Primeiro de Maio" and "Atrás da Catedral de Ruão", present in Mario de Andrade's Contos Novos (1947). Both narratives portray São Paulo by the personal and professional conflicts of their respective characters, a bag loader working at Estação da Luz and a french language teacher. As these stories depict certain places and urban situations, they reveal the narrow relation between the written tales and the political discourses, literary productions and urbanistic debates widespread in the first half of the twentieth century, in São Paulo.
Investigo neste artigo os contos “Primeiro de Maio” e “Atrás da Catedral de Ruão”, que compõem o livro Contos Novos (1947) de Mário de Andrade. Ambas as narrativas retratam a cidade de São Paulo por entre os conflitos pessoais e profissionais das personagens, um carregador de malas da Estação da Luz e uma professora de francês, respectivamente. São histórias que ao descreverem determinados lugares e situações urbanas vivenciadas na capital paulista, revelam a estreita relação entre os contos do literato e os discursos politicos, produções literárias e debates urbanísticos difundidos na primeira metade do século XX, em São Paulo.