Descripción:
No início da década de 1860, com os lucros do café e a supremacia do poder senhorial, o Império do Brasil aspirava prender-se de vez na rabeira do progresso. No Rio de Janeiro, os homens, vestidos “à inglesa”, e mulheres, à moda francesa, aperfeiçoavam os seus requintes pelas maisons francesas que se multiplicavam pela afamada Rua do Ouvidor. A nova folha ilustrada da Corte, a Semana Ilustrada (1860/1876), consumida por estes que, admiravam as óperas italianas e riam nas peças cômicas no teatro Ginásio, não raras vezes reprovava as condições físicas e morais das áreas urbanas da cidade e daqueles que não frequentavam os bailes do Clube Fluminense e do Botafogo, como as quitandeiras das praças de comércio, as lavadeiras do Campo de Sant’ana e os vendedores ambulantes e pretos de ganho da estação ferroviária D. Pedro II.