Descripción:
O artigo analisa duas matrizes da historiografia memorialista da cidade de Ribeirão Preto propondo pela mediação desses textos a leitura de pré-condições urbanas em meio à consagrada narrativa da expansão cafeeira. Lastreado em Fernand Braudel, Henri Lefebvre, Bernard Lepetit e Maurice Halbwachs, evoca um olhar pelo avesso dos textos propagandistas de Martinho Prado Júnior e recoloca em outro nível de análise a disputa travada entre Plinio Travassos dos Santos e Osmani Emboaba da Costa pelo reconhecimento e autoridade sobre a historiografia local. A partir do estudo da situação ribeirão-pretana, ousa afirmar que a urbanidade, mais do que um desdobramento, é uma condição existencial das cidades novecentistas do interior paulista.