Repositorio Dspace

Dançando contra o estado: análise descoreográfica das forças em movimento entre os caboclinhos de Goiana/Pernambuco

Mostrar el registro sencillo del ítem

dc.creator Acselrad, Maria
dc.date 2017-09-20
dc.date.accessioned 2022-03-30T19:00:39Z
dc.date.available 2022-03-30T19:00:39Z
dc.identifier https://ojs.ufgd.edu.br/index.php/nanduty/article/view/6878
dc.identifier 10.30612/nty.v5i6.6878
dc.identifier.uri http://biblioteca-repositorio.clacso.edu.ar/handle/CLACSO/163020
dc.description Se a ideia de coreografia encontra-se relacionada a uma tradição disciplinar marcada por estratégias de poder e dominação do corpo e de seus movimentos (Lepécki, 2010), uma análise descoreográfica pode ser uma boa opção na tentativa de compreender a relação dança e guerra, dimensão importante da experiência dos caboclinhos. Agremiação carnavalesca formada por homens, mulheres e crianças, vestidos de índios e munidos de arco e flecha, os caboclinhos saem dançando e tocando pelas ruas de cidades da Região Metropolitana do Recife e da Zona da Mata norte de Pernambuco. Seus dançarinos são índios guerreiros, organizados em cordões, disposição espacial em que duas fileiras paralelas desenvolvem movimentos simétricos. Os líderes desses cordões são os puxantes, que articulam em sua movimentação, a preparação para um embate coreográfico. Suas danças, chamadas manobras, evocam movimentos de guerra, por meio de avanços, recuos, saltos, agachamentos, trançados e rodopios, e passos cujas variações envolvem o cruzamento e o descruzamento de pernas, além do gesto de atirar com o arco e flecha. Se, boa parte de suas apresentações acontece num espaço e tempo institucionalizados pelo poder público, há um dia no ano, em que os grupos saem às ruas de Goiana, para realizar a caçada do bode, cortejo ritual que prepara os caboclinhos para os desafios enfrentados durante o carnaval. Neste dia, o confronto direto entre os grupos é um risco em potencial. Observar a relação entre eles, não se resumindo a um grupo especificamente e nem à descrição do que se move, no plano do visível apenas, já que uma dimensão invisível decorrente da relação com a jurema, ali também dança, afirma a intenção aqui de praticar uma antropologia das forças, mais do que das formas. Evocar o clássico debate sobre guerra enquanto motor da vida social (Clastres, 2004), vem contribuir para o desvelamento de uma dimensão agonística, pouco discutida nos trabalhos sobre danças populares e tradicionais. pt-BR
dc.format application/pdf
dc.language por
dc.publisher UFGD - Universidade Federal da Grande Dourados pt-BR
dc.relation https://ojs.ufgd.edu.br/index.php/nanduty/article/view/6878/3832
dc.rights Copyright (c) 2017 Revista Ñanduty pt-BR
dc.source Revista Ñanduty; v. 5 n. 6 (2017): Multiplicando o ‘político’, Dividindo a ‘política’: ontologia, cosmopolítica e transformações; 146-166 pt-BR
dc.source 2317-8590
dc.subject Descoreografia. Manobra. Estado. pt-BR
dc.title Dançando contra o estado: análise descoreográfica das forças em movimento entre os caboclinhos de Goiana/Pernambuco pt-BR
dc.type info:eu-repo/semantics/article
dc.type info:eu-repo/semantics/publishedVersion


Ficheros en el ítem

Ficheros Tamaño Formato Ver

No hay ficheros asociados a este ítem.

Este ítem aparece en la(s) siguiente(s) colección(ones)

Mostrar el registro sencillo del ítem

Buscar en DSpace


Búsqueda avanzada

Listar

Mi cuenta