Descripción:
Este texto tem por propósito apresentar uma problematização sobre a categoria de cultura material a partir de descrições situadas das práticas de fazer coisas de coletivos populares no México e no Brasil. Quatro etnografias, foram tomadas como material de referência, que trataram da produção artesanal no México, e um debate sobre a constituição política da noção de cultura popular no Brasil – no período da segunda metade do século XX –, pautada nos debates modernistas que mediaram a produção sociológica e etnográfica brasileira. Optou-se, no que toca a metodologia, realizar o comentário crítico dos textos, onde evidenciaram-se suas contribuições conceituais e empíricas para o tema. Subjacente a esse procedimento está a idéia de cartografia, ou mapa noturno, de Jesús Martín-Barbero. Como resultados, pretendeu-se contribuir para o debate a respeito das materialidades que constituem e medeiam práticas sociais, como documentos relevantes para a construção da análise antropológica. Isso na crença que a antropologia dos objetos nos ajuda a refletir sobre as práticas, o trabalho e os afetos.