In this article, we analyze the systemic violence that the juridical system exerts on intersex people, by situating them in what has been proposed as a bio-state of exception. This naturalizes sexual binarism and imposes it by means of the suspension of rights. To approach this situation, we propose the consideration of non-consensual medical treatments against intersex people as analogous to crimes against humanity and the need to build a right to self-determination of bodies.
En el artículo se analiza la violencia sistémica que el sistema jurídico ejerce sobre las personas intersex, situándolas en lo que se ha planteado llamar bioestado de excepción. Este naturaliza el binarismo sexual y lo impone por medio de la suspensión de derechos. Para salir de esta situación, se propone considerar los tratamientos médicos no consentidos contra las personas intersex como análogos a los crímenes contra la humanidad y la necesidad de construir un derecho a la libre autodeterminación de los cuerpos.
Neste artigo analisamos a violência sistêmica que o sistema jurídico exerce sobre as pessoas intersexo, situando-as no que tem sido proposto como um bioestado de exceção. Isso naturaliza o binarismo sexual e o impõe através da suspensão dos direitos. Para dar conta desta situação, propomos considerar os tratamentos médicos não consensuais contra pessoas intersexo como análogos aos crimes contra a humanidade, e apontamos a necessidade de construir um direito à autodeterminação dos corpos.