Esta etnografia apresenta as complexas disputas envoltas nos campeonatos de fanfarra na Bahia. O campo dos campeonatos e fanfarras e bandas marciais é parte de uma das dimensões do universo de jovens homens negros que compõem quadros de fanfarras escolares e profissionais como balizadores, mores ou corpo coreográfico, desfilando nas principais apresentações e campeonatos estaduais de fanfarra e nas ruas das pequenas cidades do Recôncavo da Bahia. Esses sujeitos são geralmente conhecidos como ‘viados de fanfarra’. Dessa forma, problematizamos as relações ambíguas entre as normas “racio-generificadas” das associações de fanfarras que promovem os campeonatos, além das relações entre essas normas e o desempenho da ‘fechação’, ato performático de dribles, arranjos e negociações feitas a partir dos vários sentidos de masculinidades. Trata-se de fenômeno sociocultural que serve como importante objeto de análise para entender os processos de subjetivação na estrutura social brasileira, notadamente heteropatriarcalista e racista.Palavras-Chave: Etnografia; Viado de Fanfarra; Fechação; Campeonato.