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dc.creator | Soares, Mayana Rocha | |
dc.date | 2016-01-17 | |
dc.date.accessioned | 2022-03-30T17:49:02Z | |
dc.date.available | 2022-03-30T17:49:02Z | |
dc.identifier | https://periodicos.ufba.br/index.php/revistaperiodicus/article/view/15419 | |
dc.identifier | 10.9771/peri.v1i4.15419 | |
dc.identifier.uri | http://biblioteca-repositorio.clacso.edu.ar/handle/CLACSO/161209 | |
dc.description | A literatura brasileira contemporânea já aponta para uma escritura da diferença, ou seja, uma produção artística que transita por caminhos literários que provocam desestabilizações em leitores e leitoras, seja estética ou estilisticamente; seja de cunho político, social ou ideológico. A escritura queer propicia um desvio, uma quebra na expectativa clássica da narrativa, e surpreende com a sua capacidade de desterritorializar, desde a estética até o conteúdo. A literatura de João Gilberto Noll caminha por essas tessituras, fragmentando os espaços, apresentando personagens-flaneur e, sobretudo por pautar temáticas que criam tensão com a lógica heteronormativa, acerca do gênero, sexo e sexualidades, por meio da instabilidade e de uma narração demasiadamente estilhaçada. Nessa perspectiva, proponho aqui uma análise de personagens nollianas e da sua própria escritura literária, através do romance A fúria do corpo (1981). O cu, como uma potência subversiva, aparece na obra de Noll como uma estética da feiura, um locus de questionamento e resistência de uma sexualidade não heterossexual, rompendo assim com a compreensão clássica do corpo apenas reprodutivo e do cu como uma área exclusiva de excreção, não habitável e fora dos limites do desejo. Em A fúria do corpo, há uma potência narrativa e também estética que situa o corpo humano fora dos limites da aceitabilidade social: dois corpos vagabundos que transitam nas ruas do Rio de Janeiro, em meio a um contexto de ditadura militar, muita repressão, mas também muitos escapes, como linhas de fuga, e subversões. A observação dos escapes, das subversões à norma e dos contínuos processos de reterritorialização podem ser vistos por meio de inúmeras representações artísticas, literárias, culturais e identitárias. A pós-modernidade não só permite a transgressão da linguagem, dos corpos e das identidades, bem como estimula a ruptura com o “velho regime” literário, tendo em vista o atual contexto multifacetado da existência humana e da produção de subjetividades. Este contexto de flexibilidades existenciais proporciona a evidência de uma escritura literária desviante. Utilizo aqui a compreensão de “práticas de si”, de Foucault; o conceito de “escritura”, em Barthes; os principais conceitos em Deleuze e Guattari, como devir, fluxo, desejo e corpo sem órgãos, além dos conceitos de gênero/sexo e performatividade de Judith Butler e demais teóricas/os dos estudos queer. | pt-BR |
dc.format | application/pdf | |
dc.language | por | |
dc.publisher | Universidade Federal da Bahia | pt-BR |
dc.relation | https://periodicos.ufba.br/index.php/revistaperiodicus/article/view/15419/10584 | |
dc.rights | http://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 | pt-BR |
dc.source | Revista Periódicus; v. 1 n. 4 (2015): Guerrilha de linguagem: re(ex)sistência cultural e subversão dos regimes de poder; 04-21 | pt-BR |
dc.source | 2358-0844 | |
dc.title | “Um cu muito bonito, o da bicha”: notas de uma escritura queer em João Gilberto Noll | pt-BR |
dc.type | info:eu-repo/semantics/article | |
dc.type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion | |
dc.type | Avaliado por pares | pt-BR |
Ficheros | Tamaño | Formato | Ver |
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