Descripción:
O artigo propõe analisar estratégias que envolvem usos da memória familiar associada a centenárias fazendas na região do Cariri Paraibano. Utilizando do exemplo das fazendas Capitão-Mor e Pitombas da família Fernandes Batista é possível analisar como, em um contexto de transformações sociais recentes, parte de uma elite rural sob ameaça de desprestígio transformou patrimônios materiais e simbólicos. Esse tema é próximo a um debate no campo de estudos das reconversões sociais, estratégias de mudança e permanência sobre capitais econômicos, culturais e simbólicos. São analisadas duas estratégias da família Fernandes Batista: uma parte dos livros de memória que destacam a escolarização de duas gerações da família. Já outra estratégia trata da conservação do patrimônio material tornando as fazendas – outrora espaços de produção econômica em museus e arquivos, ou seja, locais de memória e culto e nostalgia de uma ordem social pecuarista passada.