A crise financeira desencadeada em 2008 levou à falência grandes instituições financeiras e debilitou gravemente a economia de vários países. Por conta das condições econômicas anteriores a 2008 e pela pouca exposição ao mercado hipotecário estadunidense, as perspectivas tendiam a ressaltar que o Brasil continuaria blindado contra os impactos. Neste cenário um ator em especial nos chama atenção: os grupos financeiros. Eles constituem a unidade econômica predominante dentro do capitalismo contemporâneo e têm papel preponderante sobre os rumos da economia global. O trabalho analisa os dois maiores grupos financeiros privados nacionais (Itaúsa/Banco Itaú Unibanco e Bradesco), focalizando os impactos da crise e estratégias manifestas no discurso dos principais dirigentes dessas instituições e na composição acionária dos grupos. Compara-se a rede de relações de capital que se estabelecem entre as empresas de cada grupo e fora deles antes e depois da crise considerando o período de 2007 a 2011.The financial crisis unleashed in 2008 led to major bankruptcy financial institutions and severely weakened the economy of several countries. Because of our own economic conditions prior to 2008 and unimpressive exposure to US mortgage market, prospects tended to point out that Brazil would remain shielded from impact. In this scenario, one actor in particular indraws attention: the financial groups. They constitute the economic unit predominant within contemporary capitalism and have a leading role in the directions of the global economy. The paper analyzes the two largest financial groups private companies (Itaúsa/Banco Itaú Unibanco and Bradesco), focusing on the crisis and strategies manifest in the discourse of the main leaders of these institutions and the share holder composition of the groups. The article also compares the relationships’ network between the companies of each group and outside them before and after the crisis considering the period 2007-2011.