This paper investigates the historical-philosophical link between the project that epistemological modernity inaugurates at the beginning of the 17th century and current neo-extractivism. To this effect, historiographic work becomes a search for provenance, which, unlike traditional history, refrains from reproducing the past as a mere justification of the present. The aim is to show the conceptual and economic-political continuity between the way in which classical science conceives the relationship with nature as an object and mechanism, and therefore as a commodity. This way of thinking and doing about nature is synthesized in the so-called “dualistic ontology” in which the technical power of our days, without measuring consequences in its search for capital accumulation, turns science-technology itself into a geological force that disrupts the bioterritorial balance between humans and non-humans, and produces ecocide that leads to climate change. This epistemological process has been at the same time a political process, and occurs in synchronic necessity with colonialism.Este trabajo investiga el vínculo histórico-filosófico entre el proyecto que la modernidad epistemológica inaugura hacia principios del Siglo XVII y el neoextractivismo actual. Para ello, el trabajo historiográfico se convierte en búsqueda de la procedencia que, a diferencia de la historia tradicional, se abstiene de reproducir el pasado como mera justificación del presente. Se pretende mostrar la continuidad conceptual y económico-política entre el modo en que la ciencia clásica concibe la relación con la naturaleza devenida objeto y mecanismo, y por lo mismo mercancía. Este modo de pensar y hacer sobre la naturaleza queda sintetizado en la denominada “ontología dualista” en la que la potencia técnica de nuestros días, sin medir consecuencias en su búsqueda de la acumulación del capital, convierte a la propia ciencia-tecnología en fuerza geológica que desbarata el equilibrio bioterritorial entre seres humanos y no humanos, y produce un ecocidio que lleva al cambio climático. Este proceso epistemológico ha sido a la vez un proceso político, y se da en necesidad sincrónica con el colonialismo.Este trabalho investiga a ligação histórico-filosófica entre o projeto que a modernidade epistemológica inaugurou no início do século XVII e o neo-extractivismo atual. Para este fim, o trabalho historiográfico torna-se uma busca pela proveniência, que, ao contrário da história tradicional, se abstém de reproduzir o passado como mera justificativa do presente. O objetivo é mostrar a continuidade conceitual e econômico-política entre a forma como a ciência clássica concebe a relação com a natureza como um objeto e um mecanismo e, portanto, como uma mercadoria. Esta forma de pensar e fazer em relação à natureza é sintetizada na chamada "ontologia dualista", na qual o poder técnico de nosso tempo, sem medir conseqüências em sua busca pela acumulação de capital, transforma a própria ciência-tecnologia em uma força geológica que rompe o equilíbrio bioterritorial entre seres humanos e não humanos, e produz um ecocídio que leva à mudança climática. Este processo epistemológico tem sido um processo político, e ocorre em sincronia com o colonialismo.