Este trabajo se inscribe en un campo de investigación en formación respecto de los efectos extendidos del encarcelamiento. En particular, se propone complejizar los conocimientos respecto de las redes de afecto y cuidado construidas alrededor de las prisiones en la Argentina, específicamente de aquellas situadas en la provincia de Buenos Aires o pertenecientes al sistema federal (situadas en diversos puntos del país). Con este propósito, se utiliza una metodología cualitativa. La propuesta consiste en presentar un panorama que rescate las experiencias de las mujeres que desarrollan tareas de cuidado a varones detenidos. El artículo hace hincapié en la noción de género y evidencia una multiplicidad de formas de subordinación de estas mujeres. Para ello, se analizan las trayectorias de algunas mujeres con el propósito de dar cuenta de cómo muchas mujeres de los sectores populares son socializadas en este rol. En segundo lugar, se describen algunas de las labores que las mujeres llevan a cabo y se analizan las formas en las que ellas interpretan estas labores. En tercer lugar, se problematiza la visita íntima y la sexualización de los cuerpos en las visitas. En cuarto lugar, se describen las clasificaciones morales de las visitas. Por último, se analizan distintas formas de control a las que son sometidas las mujeres por parte de los detenidos. Todos los puntos analizados muestran que las mujeres realizan un trabajo esencial para la supervivencia de los varones detenidos. Además, dichos trabajos son llevados a cabo desde posiciones subordinadas, en la intersección de violencias institucionales y de género.This work is part of a research field regarding the extended effects of mass incarceration. In particular, we propose to increase the complexity of knowledge regarding the networks of affection and care built around prisons in Argentina, specifically those located in the province of Buenos Aires or belonging to the federal system (located in various parts of the country). For this purpose, a qualitative methodology is used. The proposal consists of presenting a perspective that collects the experiences of women who carry out care tasks for detained men. The article emphasizes the notion of gender and displays a range of ways of subordination of these women. For this purpose, the trajectories of some women are analyzed in order to show how many women from the popular sectors are socialized in this role. Second, some of the tasks that women carry out are described and the ways in which they interpret these tasks are also analyzed. Third, it seeks to problematize the notion of intimate jail visits and the sexualization of bodies during visits. Fourth, the moral classifications of the visitors are described. Finally, different forms of control to which women are subjected by detainees are analyzed. All points analyzed show that women perform essential work for the survival of male detainees. Furthermore, such work is carried out from subordinate positions, at the intersection of institutional and gender violence.  Este trabalho faz parte de um campo de pesquisa em formação em relação aos efeitos prolongados do encarceramento. Em particular, visa aumentar a complexidade do conhecimento sobre as redes de afeto e cuidado construídas em torno das prisões da Argentina, especificamente aquelas localizadas na província de Buenos Aires ou pertencentes ao sistema federal (localizadas em diferentes partes do país). Para este fim, é utilizada uma metodologia qualitativa. A proposta é apresentar uma visão geral das experiências das mulheres que trabalham como cuidadoras de detentos do sexo masculino. O artigo enfatiza a noção de gênero e destaca uma multiplicidade de formas de subordinação dessas mulheres. Para isso, as trajetórias de algumas mulheres são analisadas a fim de mostrar quantas mulheres dos setores populares são socializadas neste papel. Em segundo lugar, descrevemos algumas das tarefas que as mulheres realizam e analisamos as formas como elas interpretam essas tarefas. Em terceiro lugar, problematiza as visitas íntimas e a sexualização dos corpos nas visitas. Em quarto lugar, são descritas as classificações morais das visitas. Finalmente, são analisadas diferentes formas de controle às quais as mulheres são submetidas pelos detentos. Todos os pontos analisados mostram que as mulheres realizam trabalhos que são essenciais para a sobrevivência dos detentos do sexo masculino. Além disso, este trabalho é realizado a partir de posições subordinadas, na interseção da violência institucional e de gênero.