El control de la pandemia generada por la COVID-19 pasa, en gran parte, por la disposición que las personas tengan o no para cumplir las medidas dispuestas por la autoridad sanitaria. En el presente estudio se analizan los grados de rechazo y asimilación que diferentes grupos de personas manifiestan acerca de dos tipos de medidas diseñadas para el control de la pandemia: los confinamientos obligatorios y la modificación de las rutinas diarias. Para ello, se evaluaron las emociones de una muestra de 1911 personas mediante un cuestionario con opciones de respuesta Likert, instrumento construido y validado para esta investigación. Los resultados permitieron identificar seis perfiles emocionales asociados a diferentes condiciones sociodemográficas. En un polo, caracterizado por experiencias de rabia, tristeza y desconfianza frente a las medidas, se encuentra un perfil compuesto por mujeres jóvenes, estudiantes y con bajo nivel de ingresos económicos. En el otro polo, caracterizado por presentar comodidad frente al estado de pandemia y confianza frente a las medidas propuestas, se encuentra un grupo conformado por hombres, con edades entre los 40 y 69 años, con un alto nivel educacional y de elevados ingresos económicos. Entre medio, encontramos cuatro perfiles más, con distintas características emocionales y condiciones sociodemográficas. Se discuten los resultados considerando su aporte para el diseño de políticas públicas para el control de la pandemia.The control of the pandemic generated by COVID-19 rely, to a large extent, on the disposition that people have or not to comply with the measures ordered by the health authority. In this study, the degrees of rejection and assimilation that different groups of people maintain regarding two types of measures designed to control the pandemic are analyzed: mandatory confinement and modification of daily routines. To do this, the emotions of a sample of 1911 people were evaluated using a questionnaire with Likert response options, an instrument constructed and validated for this research. The results allowed the identification of six emotional profiles with different sociodemographic conditions. In a pole, characterized by experiences of anger, sadness, and distrust in the face of the measures, there is a profile made up of young women, students and with a low level of economic income. At the other pole, characterized by presenting a state of comfort in the face of the pandemic and confidence in the proposed measures, there is a group made up of men, aged between 40 and 69 years, with a high educational level and high economic income. In between, we find four more profiles, with different emotional characteristics and sociodemographic conditions. The results are discussed considering their contribution to the design of non- “homogenizing” public policies for the control of the pandemic.O controle da pandemia gerada pela COVID-19 depende, em grande parte, da vontade ou da falta de vontade das pessoas em cumprir as medidas ordenadas pelas autoridades sanitárias. Este estudo analisa os graus de rejeição e assimilação que diferentes grupos de pessoas expressam sobre dois tipos de medidas destinadas a controlar a pandemia: o confinamento obrigatório e a modificação das rotinas diárias. Para este fim, as emoções de uma amostra de 1911 pessoas foram avaliadas usando um questionário com opções de resposta Likert, um instrumento construído e validado para esta pesquisa. Os resultados nos permitiram identificar seis perfis emocionais associados a diferentes condições sociodemográficas. Em um pólo, caracterizado por experiências de raiva, tristeza e desconfiança das medidas, há um perfil composto de jovens mulheres, estudantes e com um baixo nível de renda econômica. No outro pólo, caracterizado pelo conforto com o estado da pandemia e confiança nas medidas propostas, está um grupo de homens, com idade entre 40 e 69 anos, com alto nível de educação e alta renda. No meio, encontramos outros quatro perfis, com características emocionais e condições sócio-demográficas diferentes. Os resultados são discutidos em termos de sua contribuição para a concepção de políticas públicas para o controle da pandemia.