Esta dissertação pretendeu contribuir com a discussão em torno do programa “São Paulo De Braços Abertos” (DBA) no Município de São Paulo, durante a gestão do Prefeito Fernando Haddad e o dimensionamento do trabalho e da renda como aspectos fundamentais na metodologia de redução de danos e na garantia de direitos básicos aos usuários de drogas, considerando as especificidades do vício e a promoção às políticas públicas integradas, perpassando pelas áreas da saúde, assistência social, segurança pública e direitos humanos. Alguns aspectos foram abordados de forma mais ampla, objetivando, primeiramente, trazer uma discussão dessa realidade, em especial o advento das drogas e sua conceituação, a relação desse fenômeno dentro do capitalismo moderno e a desconstrução do discurso da criminalização dos usuários de drogas, abordando a temática como caso de saúde pública, e não de polícia e segurança pública. Assim, foram analisadas as experiências pioneiras desenvolvidas em Vancouver, no Canadá, na década de 1990 e em São Paulo entre 2013 e 2016, em contraposição às tradicionais abordagens higienistas de tratamento compulsório e repressão intensa ao usuário. Ainda foi lançada a hipótese de alternativas de trabalho e renda que possam ser implementadas para o resgate da cidadania dessa população em vulnerabilidade social, como a economia solidária e associativismo, emprego apoiado e empreendedorismo