From a sociocultural constructivist perspective, this paper analyses the sociocultural processes involved in children's participation in criminal organizations in Rio de Janeiro, and in other violent and armed environments. The analysis is based on the work of Dowdney (2003, 2005), and the work of the Slum Monitoring Center (Observatorio de Favelas, 2006). The article discusses the concept of childhood, and identifies the major factors affecting child development within such contexts: the strategies used by adults to induct children into a criminal organization and to keep them there. It highlights the role of school and work, two environments universally present in the research participants' own narratives. To study the topic demands a systematic approach so as to account for the variety of factors at work, from the historico-social forces revealed in the social practices and the collective culture of gangs, to issues such as autonomy and social responsibility. The paper stresses the need to create collective spaces for expressing and co-constructing meanings, which may encourage social and personal reflection, and so promote healthy developmental contexts for both the individual and society.Este artículo analiza, desde una perspectiva psicosocial, los procesos socioculturales implicados en la participación de niños en organizaciones criminales en Rio de Janeiro y en otros entornos violentos y armados. El análisis se basa se basa en el trabajo de Dowdney (2003, 2005) y del Observatório de Favelas (2006). Se discuten el concepto de infancia y los principales factores que contribuyen al desarrollo de los niños en tales contextos, como las estrategias de los adultos que colaboran en el ingreso, permanencia y utilización de los niños en las actividades criminales. Se destacan los contextos escolar y laboral, siempre presentes en la narrativa de los participantes. Se concluye que el estudio de esta temática exige la adopción de una perspectiva sistémica que de cuenta de la variedad de factores en juego, desde las fuerzas socio-históricas reveladas en las prácticas sociales y en la cultura colectiva de las bandas, hasta temas como la autonomía y responsabilidad social de los sujetos. El artículo propone, igualmente, que es preciso crear espacios colectivos de expresión y construcción de significados que permitan el surgimiento de nuevas prácticas socioculturales que promuevan reflexiones personales y colectivas para la promoción del desarrollo saludable de sujetos y comunidades.Neste artigo analisam-se, de uma perspectiva sociocultural construtivista, os processos de canalização cultural no desenvolvimento e participação de crianças em organizações criminosas no Rio de Janeiro e em outros contextos de violência armada. A partir dos dados trazidos pelas pesquisas de Dowdney (2003, 2005) e do Observatório de Favelas (2006), são discutidos o conceito de infância, e os principais fatores que contribuem para o desenvolvimento de crianças em tais contextos, como as estratégias de aliciamento, por parte de adultos, que colaboram para o ingresso,  permanência e utilização de crianças em atividades criminosas. São destacados os contextos escolar e laboral, sempre presentes na narrativa dos sujeitos que participaram das pesquisas mencionadas. Conclui-se que o estudo do tema exige a adoção de uma perspectiva sistêmica que considere desde o conjunto de fatores histórico-culturais que deram origem às práticas e à cultura coletiva das comunidades armadas, até questões como autonomia e responsabilidade social dos sujeitos. O artigo propõe, igualmente, que é preciso criar espaços coletivos de expressão e co-construção de significados a partir dos quais surgirão novas práticas socioculturais que promovam reflexões pessoais e coletivas, no sentido da promoção do desenvolvimento saudável de sujeitos e da comunidade.