Red de Bibliotecas Virtuales de Ciencias Sociales en
América Latina y el Caribe
Por favor, use este identificador para citar o enlazar este ítem:
https://biblioteca-repositorio.clacso.edu.ar/handle/CLACSO/48513
Título : | 1ª PARTE - VULCÃO |
Editorial : | Edições Universitárias Lusófonas |
Descripción : | 1. Há uma gota de sangue em cada museu: preparando o terreno. (...) a coleção e seu sinal de sangue; a coleção e seu risco de tétano; a coleção que nenhum outro imita. Escondo-a de José, por que não ria nem jogue fora esse museu de sonho. Carlos Dummond de Andrade (apud Pessanha [1989:1]) Assim como M.A. reconhece e afirma que Há uma gota de sangue em cada poema, assim também, parafraseando o poeta, queremos reconhecer e sustentar que há uma gota de sangue em cada museu. A possibilidade da paráfrase ancora-se no reconhecimento de que há uma veia poética1 pulsando nos museus e na convicção de que tanto no poema quanto no museu há “um sinal de sangue” a lhes conferir uma dimensão especificamente humana. Este “sinal de sangue” é também um inequívoco sinal de historicidade, de condicionamento espaço-temporal. Admitir a presença de sangue no museu significa também aceitá-lo como arena, como espaço de conflito, como campo de tradição e contradição. Toda a instituição museal apresenta um determinado discurso sobre a realidade. Este discurso, como é natural, não é natural e compõe-se de som e de silêncio, de cheio e de vazio, de presença e de ausência, de lembrança e de esquecimento. 2. Os museus e o sonho: panorama museológico brasileiro no século XIX e início do século XX. Os museus fazem parte, de modo claro, da casa de sonhos da coletividade. Walter Benjamin (apud Montpetit [1992:84]) Cada geração se viu forçada a interpretar esse termo - Museu - de acordo com as exigências sociais de época. Francis Taylor (apud Mendonça [1946: 12]) Museus, arquivos e bibliotecas espalhados por todo o mundo. Monumentos erguidos nas mais distantes cidades. Festas e exposições nacionais e internacionais celebrando datas, fatos e acontecimentos prodigiosos desvinculados de causas e conseqüências, mas capazes de criar uma dramaturgia própria, uma teatralização de memória. Como sugere J. Le Goff (1984: 37) o século XIX assistiu a uma verdadeira “explosão do espírito comemorativo”. É dentro desse espírito que os museus proliferam e alcançam o século XX (Suano[1986: 49]). 3. Problematizando: mar (ou) rio de andrade? Nos mesmos rios entramos e não entramos, somos e não somos. Heráclito de Éfeso |
URI : | http://biblioteca-repositorio.clacso.edu.ar/handle/CLACSO/48513 |
Otros identificadores : | https://revistas.ulusofona.pt/index.php/cadernosociomuseologia/article/view/323 |
Aparece en las colecciones: | Centro de Estudos Interdisciplinares em Educação e Desenvolvimento da Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologia - CeiED/ULHT - Cosecha |
Ficheros en este ítem:
No hay ficheros asociados a este ítem.
Los ítems de DSpace están protegidos por copyright, con todos los derechos reservados, a menos que se indique lo contrario.