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https://biblioteca-repositorio.clacso.edu.ar/handle/CLACSO/245245
Título : | Línguas, culturas e educação: discursos sobre a língua inglesa na educação infantil |
Autor : | CARVALHO, Rosângela Tenório de http://lattes.cnpq.br/3384494174252103 http://lattes.cnpq.br/9030367663083004 |
Palabras clave : | Educação infantil;Língua inglesa;Ensino;UFPE – Pós-graduação |
Editorial : | Universidade Federal de Pernambuco UFPE Brasil Programa de Pos Graduacao em Educacao |
Descripción : | A inclusão da língua inglesa como componente curricular está prevista em lei apenas a partir dos anos finais do Ensino Fundamental. No entanto grande parte das escolas particulares já incluem a língua inglesa no currículo desde os primeiros anos da Educação Infantil, argumentando que este aprendizado facilitará a aquisição da linguagem ao longo dos anos. Neste sentido, nos últimos anos tem ocorrido um aumento significativo no número de escolas monolíngues que têm se autodenominado bilíngues ou têm lançado projetos bilíngues, sendo a língua inglesa a língua a ser aprendida além do português. Desta forma, podemos perceber que a língua inglesa vem, aos poucos, assumindo o status de segunda língua também nas escolas. Mas como o discurso sobre a língua inglesa entra, nas escolas monolíngues, na Educação Infantil? Para compreender melhor esta realidade, o objetivo deste trabalho foi analisar os discursos sobre a língua inglesa na Educação Infantil para compreender os efeitos de sentido dos discursos em circulação, por que esses discursos e não outros e quais discursos são silenciados nesse processo. Para tanto, ancorados nos princípios da Análise de Discurso francesa (AD), nos estudos de Pêcheux e Orlandi, entre outros autores, e compreendendo que, para além das palavras, o sentido está na relação com a exterioridade, ou seja, no contexto imediato e também no contexto sócio-histórico, ideológico, buscamos situar o discurso sobre ensino de língua inglesa na Educação Infantil histórica e socialmente, examinando as suas condições de produção. Nós constatamos que existem inúmeros discursos em circulação sobre o ensino-aprendizagem de língua inglesa. Há vários espaços discursivos por onde os discursos se movimentam e que provocam uma série de efeitos de sentido, algumas vezes contraditórios. O discurso do mercado aponta para o futuro e para a necessidade de saber, o discurso de divulgação científica comprova ser importante aprender o quanto antes e o discurso da pedagogia cultural apresenta algumas das possibilidades dos processos de ensino-aprendizagem. Língua e cultura são representadas em sua instrumentalidade; há um silenciamento em relação ao caráter discursivo da língua, à sua historicidade e politicidade. Consequentemente, há uma simplificação dos processos de ensino-aprendizagem de línguas, com o apagamento de possíveis conflitos. A escola, por sua vez, é nomeada o espaço privilegiado onde o aprendizado de língua inglesa como segunda língua deve ocorrer, contradizendo o pré-construído analisado anteriormente, segundo o qual este não seria o espaço apropriado para aprender inglês. Podemos compreender este discurso levando em consideração que há um alinhamento entre os discursos sobre o ensino de língua inglesa na escola/empresa e os discursos do mercado. Acreditamos que esta reflexão sobre os processos discursivos referentes ao ensino e aprendizado de língua inglesa na Educação Infantil é relevante pela necessidade de refletirmos sobre os discursos que nos constituem e também por causa da importância de pensarmos sobre o papel da língua inglesa, enquanto língua hegemônica, em nossa sociedade e em nossas vidas. Isto porque, para podermos repensar os processos de ensino-aprendizagem de línguas, precisamos primeiro tentar compreender o lugar que as línguas ocupam. CAPES Although it is only mandatory by law as a curricular component in the final years of Fundamental Education, most private schools already include the English language in the curriculum from the earliest years of Infant Education. Some even advocate teaching English during the first months of life, arguing that this experience will facilitate the language acquisition process over the years. In this sense, in recent years there has been a significant increase in the number of monolingual schools that have started to call themselves bilingual or have launched bilingual projects, English being the other language that will be learned besides Portuguese. This may indicate that the English language is gradually assuming the status of second language in schools. But how does the discourse about the English language get into monolingual schools, and, more specifically, Infant Education? To better understand this scenario, this research project aimed to analyze the discourses about the English language in Infant Education to understand the effects of the discourses being produced, why these discourses and not others, and which discourses are silenced in this process. Based on the principles of the French Discourse Analysis, on Pêcheux and Orlandi, among other authors, and understanding that meaning is related to exteriority, that is, the immediate context, and also the socio-historical, ideological context, we seek to situate the discourse about English-language teaching in Infant Education historically and socially, examining their conditions of production. We were able to see that there are multiple discourses circulating about English language teaching and learning. There are several discursive spaces through which the discourses move which cause a series of sometimes contradictory meaning-effects. The discourse of the market points to the future and to the need to know English, the discourse of scientific dissemination proves it is important to learn English as soon as possible and the discourse of cultural pedagogy presents some of the possibilities of the learning-teaching processes. Language and culture are regarded as instrumental; there is a silencing in relation to the discursive character of language, its historicity and politics. Consequently, there is a simplification of the language learning-teaching processes, with the elimination of possible conflicts. The school, in turn, is named the privileged space where English language learning as a second language should occur, contradicting the preconstructed that was analysed previously, according to which this would not be the appropriate place to learn English. We can understand this discourse taking into account that there is an alignment between the discourses about English language teaching in the school/company and the discourses of the market. We believe that reflecting on the discursive processes related to the teaching and learning of English language in children's education is relevant due to the need to think about the discourses that constitute us and also because of the importance of thinking about the role of the English language as a hegemonic language in our society and in our lives. Because in order to rethink language learning and teaching processes we must first try to understand the place that languages occupy. |
URI : | https://biblioteca-repositorio.clacso.edu.ar/handle/CLACSO/245245 |
Otros identificadores : | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/29764 |
Aparece en las colecciones: | Programa de Pós-Graduação em Educação - PPGE/UFPE - Cosecha |
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