Red de Bibliotecas Virtuales de Ciencias Sociales en
América Latina y el Caribe
Por favor, use este identificador para citar o enlazar este ítem:
https://biblioteca-repositorio.clacso.edu.ar/handle/CLACSO/167380
Título : | A “vida-luta” no morro: dinâmicas sociais como resistência na luta pela moradia urbana no Alto José Bonifácio |
Autor : | SOUZA, Vânia Rocha Fialho de Paiva e http://lattes.cnpq.br/9970880634438225 http://lattes.cnpq.br/6576287186569143 |
Palabras clave : | Antropologia;Antropologia urbana;Habitação – Aspectos sociais;Direito à moradia;Desastres |
Editorial : | Universidade Federal de Pernambuco UFPE Brasil Programa de Pos Graduacao em Antropologia |
Descripción : | SOUZA, Vânia Rocha Fialho de Paiva e, também é conhecida em citações bibliográficas por: FIALHO, Vânia Rocha Esta dissertação tem como objetivo compreender as dinâmicas familiares e comunitárias geradas entre os moradores das áreas de morro frente o contexto do risco de desastres a que suas casas estão expostas. O estudo se desenvolveu no Alto José Bonifácio, bairro localizado na zona norte do Recife, e está situado no âmbito da antropologia urbana estabelecendo uma interface com a antropologia dos desastres. Com a pesquisa, tenho a intenção de aproximar a temática dos desastres socioambientais em espaços de moradia urbana ao conhecimento antropológico. Dentre outros recursos, a etnografia foi desenvolvida a partir de: 1) leituras de estudos já realizados sobre o assunto; 2) observação participante realizada em campo; e 3) entrevistas com diferentes moradores do bairro. A pesquisa teve como foco as dinâmicas familiares/comunitárias, que compreende práticas e arranjos sociais com o caráter de autoproteção individual e/ou comunitária com o objetivo de evitar um desastre ou amenizar as consequências deste. Também foram consideradas as rotinas das famílias que já foram atingidas por um desastre relacionado à moradia na barreira, bem como as ações geradas em torno do risco do desastre, isto é, da possibilidade da ocorrência de um evento desastroso. Foram analisadas as ações baseadas na solidariedade, na consciência coletiva, na responsabilidade individual, política e outras. A leitura de estudos realizados anteriormente e a leitura de conjuntura atual possibilitaram compreender que a omissão do poder público e a precarização do espaço de moradia constituem formas de forçar a expulsão ou o despejo dos citadinos das áreas de morro. Com base na teoria interpretativa, as estratégias lançadas pelos moradores para persistirem nestas áreas foram consideradas como práticas de resistência postas na contemporaneidade, quando o despejo e a expulsão se dão de forma não declarada. A ausência do Estado na garantia da segurança à moradia acarreta na responsabilização dos próprios indivíduos sobre o provimento e o cuidado com suas casas. Assim, a transferência da responsabilidade do poder público para os indivíduos se constitui no processo de individualização, compreendido aqui como um reflexo de processos globais sobre o local. Em linhas gerais, foi possível apreender com a pesquisa que, para os moradores que vivem em contexto de risco de desastre, as relações de parentesco e a vizinhança se constituem nas redes mais importantes diante de um acontecimento desastroso. A família é a principal instituição que supre as necessidades dos indivíduos atingidos por um desastre e os vizinhos conformam-se em uma a rede fundamental no momento do socorro, de assistência, abrigo de curta duração e na reconstrução das moradias. A responsabilização, a culpabilização e até a competição entre os moradores são identificadas como as consequências mais perversas da ausência do Estado, uma vez que a (auto)responsabilização escamoteia a dimensão política do desastre nas áreas de morro. Ademais, quando o deslizamento de barreira é iminente, mas não acontece, nos deparamos com o outro lado da perversão: a dinâmica familiar passa a girar em torno “do pior que pode acontecer”, modificando dramaticamente o cotidiano das pessoas que vivem em áreas suscetíveis a desastres. CNPq This essay aims to comprehend family and community dynamics created by residents of hillside areas at risk where their houses are exposed. The study was developed in Alto José Bonifácio, a neighborhood located in the northern part of Recife and it is whithin framework of urban anthropology by stabilishing a relation with anthropology of disasters. With this research I intend to bring closer the social environmental disasters in urban housing zones of anthropological knowledge. Among different resources, the ethnography was developed from: 1) Readings about past studies of the matter in discussion. 2) personal observation realized in Field and: 3) interviews with different households in the neighborhood. The research has focused on family/community dynamics that involve practices and social arrangements with nature of individual/or community self-protection, aiming to prevent a disaster or to minimize the consequences of these disasters. Also, was considered families’s daily routine who were affected by these disasters relationed to housing risk areas and the resulting actions around the affected risk areas, that is, the possibility of occuring a severe desaster. Were analysed the actions based on solidarity, collective consciousness, individual responsability, political and many others. The studying previously realized and the reading of conjuncture allowed the understanding of the omission of the government and lacking of housing spaces constitutes in ways to expel the citizens by force in the hillside areas. Based on this interpretive theory, the offered strategy for the local residents to endure in these areas were considered as resistance practices demanded by the modernity , when the eviction and expeling come in an unexpected way without consent. The absence of the State to guarantee security to these households transfer the culpability to each citizen living in these risking zones and making them the only people to take care of their homes. This transfer of responsability from the government and to its citizens constitutes in the process called individualization, showed here as a reflex of these global process. In general it was possible to acquire with this research that to the residents in these risking areas, the relation and neighborhood constitute in the most important network in face of great disasters. The family is tha main institution that fulfill some needs of the neighbors afflicted by these disasters and form a helpful chain to mend the damages, to assist, to offer shelter and even in the rebuilding of these homes. The responsability, culpability and even the competition among the residents are indentified as a perverse lack of State help, once this self responsability is planted as a political dimensions of the disasters in the hillside areas. Furthermore, when the landslide is about to happen, but doesn’t, we face another severe situation: the family dynamic starts thinking in the worst case scenario, modifiying drastically the daily routine of the citizens in disaster areas. |
URI : | http://biblioteca-repositorio.clacso.edu.ar/handle/CLACSO/167380 |
Otros identificadores : | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/33626 |
Aparece en las colecciones: | Programa de Pós Graduação em Antropologia - PPGA/UFPE - Cosecha |
Ficheros en este ítem:
No hay ficheros asociados a este ítem.
Los ítems de DSpace están protegidos por copyright, con todos los derechos reservados, a menos que se indique lo contrario.