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Por favor, use este identificador para citar o enlazar este ítem: https://biblioteca-repositorio.clacso.edu.ar/handle/CLACSO/167184
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Campo DC Valor Lengua/Idioma
dc.contributorSCOTT, Russel Parry-
dc.creatorOLIVEIRA, Márcia Adriana Lima de-
dc.date2016-05-25T16:23:44Z-
dc.date2016-05-25T16:23:44Z-
dc.date1994-09-08-
dc.date.accessioned2022-04-04T18:41:25Z-
dc.date.available2022-04-04T18:41:25Z-
dc.identifierhttps://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/16991-
dc.identifier.urihttp://biblioteca-repositorio.clacso.edu.ar/handle/CLACSO/167184-
dc.descriptionA pesquisa que ora apresentamos teve como problema central a desestruturação ou não da família enquanto unidade doméstica composta pelos laços de parentesco por afinidade e consaguinidade, em decorrência das separações e do divórcio, bem como dos arranjos familiares. O objetivo foi verificar se havia ou não essa desestruturação e qual a repercussão das separações e do divórcio na família hoje (década de 90). Para realizarmos essa pesquisa escolhemos como campo de observação um Bar dançante que existe em Olinda- Pernambuco, que promove todas as quintas-feiras a Noite dos Desquitados, cujos frequentadores das quintas-feiras constituíram-se no grupo social com que trabalhamos na pesquisa, tal seja: pessoas descasadas (separadas de fato e judicialmente e divorciadas). Indo ao Bar, campo de pesquisa, percebemos que não apenas descasados, mas solteiros casados e viuvas também o freqüentavam, passando a fazer parte da pesquisa como representantes dessas categorias. No Bar observarmos a formação de novas redes de sociabilidade pós-separação. A dança funcionou como uma grande mediadora do processo de interação. A observação participante e entrevistas semi-estruturadas foram utilizados na obtenção dos dados, através de como os informantes representavam ou reapresentavam a família, o casamento e o relacionamento, para chegarmos ao porquê das pessoas ainda considerarem as separações e o divórcio como elementos de desestruturação da família, estigmatizando os descasados e, em especial, as descasadas, ou, por outro lado, considerarem as separações e o divórcio como elementos que fazem parte, hoje, da dinâmica familiar. Nesse contexto, observamos que as mudanças surgem na representação de relacionamento, visto como relacionamento puro em contraposição a hierarquia de genero, embora um, não anule completamente o outro, alterando a representação das separações e do divórcio, consequentemente da família.. Porém a desestruturação ainda é sentida uma vez que há uma continuidade de valores, crenças e sentimentos que reafirmam a indissolubilidade do casamento oriundos de uma influência religiosa, predominantemente, católica. Basta ver que mesmo com a implantação da lei do divórcio em 1977 / 78 e após quase 20 anos de sua implantação, não houve uma aceitação plena da separação, resultando numa continuidade de valores, ou seja, apesar da implantação da lei, as pessoas não mudam seus valores de uma hora para outra, inclusive é muito mais provável uma mudança na cultura utilitária do que na não-utilitária e, neste sentido,qualquer alteração na família é vista como prejudicial. Contudo, ainda que seja um processo lento detectamos na maioria dos descasados e nos representantes de outras categorias algumas mudanças tipo: o não dar tanta importância ao aspecto "eterno" da relação conjugal e nem a papéis para oficializar uma união; passando a ser importante hoje, o fato das pessoas estarem, dentro da continuidade de valores e mudanças destes, tornando-se mais exigentes ao que querem, quanto a realização de seus projetos, reforçando a não desestruturação da família e reapresentando-a conforme está na Constituição de 1988, como sendo "união estável entre duas pessoas adultas de ambos os sexos" e “qualquer um dos pais e seus descendentes". Concluímos que não há desestruturação da família, uma vez que esta, repetimos, foi trabalhada aqui enquanto laços de parentesco e consanguinidade que não são rompidos com o desatar dos laços da aliança do casamento. Ambos, tanto família quanto casamento, foram analisados como parte de um sistema maior, o de Parentesco.-
dc.descriptionThe research that now we present has as central problem the rupture or not of the family while the domestic unit composed by the relationship binds by the consanguinity afinity, in consequence of splitting up and divorce, as well as family arrangements. The objective was verified wether there was this rupture or not and what was the repercussion of the separations and divorce in family nowadays (90' decade). In order to carry on this research we chose as observation field a Dancing Bar that there is in Olinda-Pernambuco, that promotes every Thursday the separated night, whose regular visitors of Thurdays got together in a social group that we worked in the survey, as such: unmarried people (separated in fact and judicially divorced). Visiting the Bar, work field, we noticed that not only unmarried, but also single people, married and widows were attending, becoming part of the research as representatives of these categories. In the Bar we observed the formation of news mets post-separation sociability. The dancing works as a big mediator in the interaction process. The participating observation and interviews semi-structured were used in the data obtaining, through how the informants performed or re-presented the family, the wedding and the relationship, to reach the reason people still considered the separation and divorce as elements of family rupture, stigmatizing the unmarried and, specially, the unmarried women or, on the other hand, considered the separations and divorce as elements that make part, nowadays, of family dinamic. In the context, we observed that the changings araising in the representation of relationship, seen as pure relation in counterposition to gender hierarchy, although one doesn't nule the other completely, altering the representation of the separations and of divorce, consequently of the family. Therefore the rupture is still felt, once there is a continuity of values, beliefs and feelings that reassure the indissolubity of marriage originated from a religious influence, predominately, catholic, enough to see that even with the implementation of law divorce in 1977/78 and after almost 20 years of its implementing, there wasn't a full acceptance of separation, resulting in a continuity of valves, or I mean, despite of the law implementation people don't change their values overnight, inclusively it's much more probable a changing in the utilitary culture than a non-utilitary and, in this sense, any alteration in the family is seen as harmful. Even if it is a slow process we detected in most of the unmarried and in the representative of other categories some changes kind of: neither giving so much importance to the aspect "eternal" of the conjungal relation nor to roles to officialize the union; becoming important nowadays, the fact for people being, within the continuity of values and these changes, becoming more demanding to what they want, as their project realization, reinforcing the non-rupture of the family and re-presenting it, according to what it is in the Constitution of 1988, as being "stable union between adult people of both sexes" or "one of any parents and their descendent". We conclude that there is no family rupture, onde, we repeat, that it was worked here while relationship binds and consanguinity that are not broken up with the untying of allience binds of marriage. Both, as family so wedding, were analyzed as part of a great system, the one of kinship.-
dc.formatapplication/pdf-
dc.languagepor-
dc.publisherUniversidade Federal de Pernambuco-
dc.publisherUFPE-
dc.publisherBrasil-
dc.publisherPrograma de Pos Graduacao em Antropologia-
dc.rightsAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil-
dc.rightshttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/-
dc.subjectFamília-
dc.subjectFamília - Aspectos sociais-
dc.subjectAntropologia cultural e social-
dc.titleE até que a morte nos separe? - Repercussão da separação e do divórcio na concepção de família hoje (década de 90)-
dc.typemasterThesis-
Aparece en las colecciones: Programa de Pós Graduação em Antropologia - PPGA/UFPE - Cosecha

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