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Título : A gente vive assim, mas a gente precisa de uma luz : as experiências religiosas das prostitutas que batalham na Praça do Diário Recife - PE
Autor : NASCIMENTO, Luís Felipe Rios do
Palabras clave : Sexualidade;Gênero;Prostituição;Religião;Experiência religiosa
Editorial : Universidade Federal de Pernambuco
Descripción : Este estudo se debruça sobre as experiências religiosas das prostitutas que batalham na Praça do Diário, localizada no centro da cidade do Recife-PE. O foco da análise recai sobre os significados que tais mulheres atribuem à dimensão religiosa em suas vidas. Para tanto, por meio da observação etnográfica no referido local, e de entrevistas com enfoque biográfico, investigou-se as matrizes religiosas que as informantes se sentem pertencentes, quais os sentidos, a partir das suas perspectivas, que suas religiões atribuem à carreira de profissional do sexo. Por fim, buscou-se perceber como estas mulheres articulam suas práticas profissionais com o sagrado. A hipótese que conduziu o trabalho de investigação vislumbrou a possibilidade das mulheres prostitutas possuírem algum tipo de relação com a Pomba-gira. Por instrumentalizarem o aspecto mais intocável das religiões cristãs, a carne, as mulheres prostitutas não encontram aceitação/legitimidade para as suas práticas profissionais/sexuais nas religiões cristãs. Nesta perspectiva, apoiando-me em Geertz, no que se refere à noção de religião como sistema cultural, a Pomba-gira, símbolo sagrado disponibilizado pelos panoramas das religiões afrobrasileiras, emergiria como modelo para situar e mesmo organizar as condutas das mulheres prostitutas diante no mundo. Paradoxos a parte, as religiões acentuadas pelas prostitutas entrevistadas estão inseridas no segmento evangélico pentecostal. Entretanto, por não se conformarem às normas de sexo/ gênero/ elas não se ligam formalmente a tais religiões. Articulam estrategicamente o que lhes é "conveniente", desligam-se da instituição e passam a pessoalmente transacionar com Deus. Concernente à Pomba-gira, a hipótese não pode ser totalmente refutada, visto que no cotidiano da Praça do Diário, em diferentes contextos, a menção à entidade se faz presente, o que pode ser interpretado, como sugere Otávio Velho, não simplesmente como recursos lingüísticos, mas atingindo as esferas das crenças de comportamentos pessoais
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior
URI : http://biblioteca-repositorio.clacso.edu.ar/handle/CLACSO/167154
Otros identificadores : Cleidson Vieira dos Santos, Francisco; Felipe Rios do Nascimento, Luis. A gente vive assim, mas a gente precisa de uma luz : as experiências religiosas das prostitutas que batalham na Praça do Diário Recife - PE. 2010. Dissertação (Mestrado). Programa de Pós-Graduação em Antropologia, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2010.
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/1065
Aparece en las colecciones: Programa de Pós Graduação em Antropologia - PPGA/UFPE - Cosecha

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