Hegemonias e emancipações no século XXI

Abstract

O tema nodal no terreno das Hegemonias e Emancipações não é domente a dominação, mas também, como indicava Gramsci, a capacidade de gerar uma concepção universal do mundo a partir de uma visão particular, de dominar através do consenso e de reproduzir as formas de dominação nos espaços dos dominados. Dominação, hegemonia, legitimidade, sistemas de poder, império, imperialismo, contra-hegemonia, emancipaão, são referentes teóricos que é necessário ressignificar para que enfrentemos a realidade da conflituosidade social n milênio que comença tanto com a irrupção do movimento zapatista em Chiapas como com o ataques ás torres gêmelas de Nova York ou as invasões do Afganistão, Iraque, Timor Oriental ou Haiti. Uma das preocupações centrais do Grupo de Trabalho Hegemonias e Emancipações do CLACSO é contribuir para a reapropriação conceitual que, ao mesmo tempo que ressegnifica velhas categorias, cria novos modos de entender e interpretar velhas categorias, cria novos modos de entender e interpretar a realidade. Se partimos do reconhecimento deste fim o milênio como o universal concreto no qual se unem, se cruzam o se dissociam processos, ponto crítico condensado de uma realidade caótica e complexa na qual se gestam os novos cominhos de uma história de histórias, na qual os sujeitos em ação introduzem suas próprias pautas e epistemologias, é necessário buscar algumas repostas. Que conteúdo específico concedernos à hegemonia? Qual é a relação entre hegemonia e estratégia? Como lidar com as temporalidades históricas na análise da hegemonia? Qual são os criterios de avaliação do estado de hegemonia? Quais são os critérios de avaliação do estado da hegemonia? Quais são seus suportes? Qual é a territorialidade da hegemonia e como se constrói? Quais são seus mecanismos privilegiados? É possível falar de projeto hegemônico? Que lugar ocupa o econômico na construão de hegemonia? E o militar? São credores de uma concepção de mundo? Trabalhar simultaneamente de hegemonia e emancipação como abstrações interpretativas e como experiências históricas é um caminho possível para a aproximação a esta realidade.